Argumentava-se que o envelhecimento liberta os impulsos e as paixões, apesar de todas as dificuldades

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Tornando-o assim receptivo à verdadeira felicidade da amizade, da admiração estética ou da consideração teórica. Nesse sentido, uma reflexão ética sobre as condições de uma boa vida na velhice pode ajudar a problematizar imagens negativas unilaterais da velhice e julgamentos de qualidade de vida na medicina e na assistência à saúde. Para as teorias subjetivas, não é o prazer que está em primeiro plano, mas sim a realização de desejos centrais.

Assim, uma boa vida é aquela em que projetos significativos são realizados e metas são alcançadas. Deste ponto de vista, a avaliação ética da medicina e dos cuidados de saúde na velhice parece ser mais complexa. Dessa forma, a dor e o sofrimento podem ser aceitos a fim de realizar desejos centrais para a própria vida, como a resolução de um conflito antigo ou a conclusão de um projeto significativo.

Por outro lado, mesmo uma vida livre de dor e estresse ou mesmo rica em gêneros pode perder todo o valor se metas e projetos essenciais não puderem mais ser alcançados. Por exemplo, os debates sobre a importância de uma “vida completa” para as decisões no final da vida e para o suicídio medicamente assistido na velhice referem-se à possibilidade de “sobreviver” à realização dos objetivos principais da própria vida.

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